segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Sair do sofá

Os dias passados na Shalouba são mais tranquilos e compensadores do que os dias que passamos em casa. O Gabriel pode andar a brincar na rua com os miúdos que aparecem por lá. Jogam à bola, jogam no Tablet, correm do lado para o outro e chateiam-se uns com os outros. É bom vê-lo a fazer outras coisas para além de jogar Playstation ou ver vídeos do Youtube. É uma forma de ele crescer mais depressa e desenvolver algumas capacidades físicas e sociais.
Ao mesmo tempo nós falamos mais. Eu desenho um bocado, tu lês um bocado, fazemos um scroll desinteressado pelas redes sociais e os dias assim, naquela esplanada, parecem mais preenchidos e menos monótonos.
Numa tarde os miúdos estavam a brincar e conseguiram colocar, sem querer, uma bola nos ramos duma árvore. Os miúdos ficaram para ali a tentar tirar o esférico dos arbustos e não conseguiam resolver o problema. Ficámos a olhá-los e tu começaste a desafiar-me para ir lá, resgatar aquela ansiedade infantil. Lá me convenceste e com uma garrafa cheia de água, para ser pesada, tentei desprender a bola o que consegui após algumas tentativas. As crianças depositaram muitas esperanças em mim e ter correspondido às expectativas fê-los bater palmas e dar urras de contentamento. Quando regressei tu estavas a sorrir, parecias impressionada com um feito tão banal e perguntaste-me se me sentia o herói da criançada.

As coisas são sempre mais divertidas quando estamos fora de casa.

Sem comentários:

Enviar um comentário