quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Duplas

Não que tenha feito grandes progressos, mas quando chego a Algés sobra-me tempo  porque já tenho uma pessoa desenhada. Fico o resto da viagem a esboçar a criatura do lado.
As molduras nos desenhos dão-lhes um ar distinto.





terça-feira, 29 de outubro de 2013

Do frio

Existem poucas alturas em que o meu gosto musical e o da Melissa andam de mão dada. É uma pena porque gostava de ir a mais concertos com ela, mas como gostamos de coisas muito diferentes é difícil partilhar música ao vivo.
Felizmente há uma banda que adoramos e sempre que cá aparecem nós vamos.
A música tem destes milagres!


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A melhor banda do mundo

Se me perguntassem qual é a maior banda do mundo a minha resposta ia direitinha para os Arcade Fire e nem sequer tinha de pensar muito.
Não é a minha banda favorita nem sequer a banda que mais oiço, mas são tão geniais e a sua importância para a música actual é tão grande que não há ninguém que os bata.
O próximo disco está quase a sair e já está disponível para escuta no youtube. Deve ser o vídeo mais partilhado do momento e aqui fica o meu contributo para a estatística. A música acompanha o filme Black Orpheus de 1959 que serviu de inspiração ao trabalho.


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Ela também nunca foi gorda

Estava Fiona Apple a cantar quando alguém do público, emocionado pela beleza da sua música e preocupado pelo seu aspecto físico lhe gritou:
“Fiona põe-te boa que queremos ver-te daqui a dez anos. Há 20 anos atrás eras linda!”
Fiona ficou arrasada, ainda por cima no primeiro concerto da nova digressão e escreveu-se que expulsou ao pontapé a agressora. A cantora diz que está tudo bem com ela, mesmo tendo em conta que pesa o mesmo que uma adolescente de 14 anos. Enquanto não ganha os quilos necessários para tranquilizar os seus fãs, Apple continua com a cantoria e ainda bem para todos.

Juntou-se agora ao realizador Paul Thomas Anderson e o resultado foi esta maravilha.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A escuridão dos anos 90

Gostávamos de ouvir os Tindersticks na casa da Sylvie, com as luzes apagadas e as velas acesas, sempre com álcool ou drogas à mistura porque era assim que vivíamos as nossas noites de fim-de-semana.
Ficávamos no chão, a morrer devagarinho e a escutar a voz do Stuart Staples com a melodia melancólica dos violinos por trás.
Já passaram 20 anos desde o primeiro disco e agora os Tindersticks lançam álbuns todos os anos. Mas a música deles continua a confortar-me como em 1993.
A boa notícia é que os homens foram para Abbey Road e voltaram a gravar algumas das canções mais emblemáticas da sua carreira. O resultado é Across Six Leap Years acabadinho de sair.
Como sempre, deixei esgotar os bilhetes para o concerto deles em Novembro. Parvo!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O que é feito de ti, Blixa Bargeld?

Desde os meus 19 anos que tenho um carinho muito especial pela música do Nick Cave. Os Bad Seeds sempre agruparam pessoal muito talentoso de várias bandas e os discos são carregados duma musicalidade que muito me agrada, até porque sempre tive um talento inato para apreciar tudo o que é melancólico, comportamento que surgiu, acho eu, dos tempos de juventude e dos monumentais desgostos de amor que vivia semana após semana.
De entre os músicos mais populares dos Bad Seeds estavam Nick Harvey e Blixa Bargeld. Tanto um como outro acabaram por se separar de Nick Cave ambos queixando-se do feitio peculiar do australiano.
Blixa Bargeld foi à sua vida depois do bom e velho duplo Abattoir Blues /Lyre of Orpheus e a partir daí nunca mais soube dele.
Sempre atento às necessidades e gostos de cada cliente, o Spotify espetou-me na cara o último disco em que Blixa entrou, um trabalho que dividiu com o italiano Teho Teardo. O disco chama-se Still Smiling e pelas doze canções que o compõem e que já ouvi uma boa dezena de vezes, fico mesmo contente pelo senhor Blixa não se ter perdido pelo caminho.

Este meu reencontro com Blixa Bargeld fez acender a chama pelo seu talento e no final do ano, com toda a certeza, Still Smiling vai aparecer em muitas das listas dos melhores discos do ano.


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Nadine Shah

Chama-se Nadine Shah e começou agora a sua carreira musical. Li uma entrevista com ela e descobri que é filha de pai paquistanês e mãe norueguesa. Os pais têm uma loja de tapetes e o sonho deles era que a sua filha se tornasse advogada. Quis o destino que Nadine tivesse um vozeirão de fazer tremer o céu e diz a mesma, com alguma piada, que consegue imitar a Celine Dion na perfeição muito embora só o faça quando está com os copos.
O primeiro disco dela entrou-me no coração e é um dos melhores de 2013. Chama-se Love you Dum and Mad e estou sempre a ouvi-lo. Comecei a segui-la no Instagram e adoro a sua simplicidade sem merdas de artista. As fotos que partilha com o mundo são iguais às fotos de todos nós. Os seus seguidores, que são apenas 400, podem ver a espuma dum capuccino que bebe depois de acordar, a cor das unhas acabadas de pintar ou um símbolo fálico que encontra algures. Essa forma tão calorosa e vulgar de ser torna-a quase como se fosse minha amiga.

A carreira começou agora e por enquanto canta em salas pequeninas. Mas sinto-me tão próximo dela por causa do seu Instagram que estou mesmo a torcer para que tudo lhe corra bem. Se vier a Lisboa, acho que lhe peço para tirar uma foto comigo.


Ah, é verdade, também tem umas pernas jeitosas!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Burocracia

O meu dia é cheio de papéis e porcarias que precisam de ser resolvidas. Um papel que chega equivale a um papel que sai. Se isso não acontecer é porque estou a fazer mal o meu trabalho. Apago a melancolia com alguns traços.


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Já fui um melhor leitor

Gosto de ler, mas quando começo a entrar no texto aparece sempre alguém que se vai sentar mesmo ali, à minha frente. Não consigo resistir, mesmo que já tenha feito a mesma coisa milhares de vezes. 
É como o programa Hell's Kitchen. Todos os episódios são iguais, já vi umas 7 temporadas daquilo, mas não consigo parar de ver. Não consigo. Nem as reposições perco.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O que é a normalidade?

Até ao fim do mundo escrito por Maria Semple é, talvez, a grande sensação literária do ano passado. A crítica adorou e fez bem, porque é um livro cheio de ironia e muito inteligente na sátira que faz do quotidiano, em especial da vida familiar.
A senhora foi argumentista de séries como Mad about You e Arested Development e é pessoa que sabe pôr o leitor às gargalhadas.