quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Meter conversa

De vez em quando acontece-me. Por uma conjugação de factores infelizes fico sozinho na cidade sem nada para fazer e com muitas horas para desperdiçar.
Em condições normais não haveria problema. Podia ir ao cinema, a uma exposição ou outra coisa qualquer, mas não desta vez. Desta vez não podia fazer nada disso, tinha mesmo de deambular por aí.
Fui para um Starbucks e fiquei lá a bebericar um balde de café e a desenhar as outras pessoas, que tal como eu pareciam esperar que alguma coisa acontecesse.
Ao meu lado uma rapariga estava à espera dum amigo e um tipo desconhecido chegou-se perto dela e disse:
“Estou aqui à espera duns amigos meus, mas não tenho nada para fazer na próxima meia hora. Importas-te que me sente aqui e te faça companhia?”
A rapariga, com algumas reservas, aceitou e o tipo sentou-se e iniciou a conversa mais chata e desinteressante que se pode parir quando dois desconhecidos se encontram. Se calhar não, pode ser que dois desconhecidos tenham mesmo esse tipo de conversa, mas pensando bem, o que raio se conversa quando não se tem referências sobre a outra pessoa?
Provavelmente a conversa até foi porreira, eu é que tive inveja de não fazer isso com as miúdas aos 20 anos.


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