sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Mas porque é que não me deixas em paz um bocadinho?

Férias é uma palavra muito fixe, é sim senhor, e eu até andava mesmo necessitado de deixar de trabalhar por uns tempos. O meu cérebro, no último dia de labuta, era uma papa incapaz de produzir qualquer pensamento mais profundo que não fosse o de carregar na tecla verde da fotocopiadora sempre que achava que precisava duma fotocópia. Por isso, só pensava estar uns dias à beira da piscina ou do mar a ler um livro ou então a desenhar para ver se aprendia qualquer coisa.
Mas mal bati com os pés no bungalow dei logo conta que, afinal, esqueci-me de introduzir no meu bem intencionado idílio, uma certa coisinha que, num momento de loucura, elaborei há 3 anos e que ronda agora os 93 centímetros que, viu-se logo, me iria fazer a vida negra e estragar todos os planos. E, claro, foi mesmo isso que fez!
Não sei quantas horas uma criança consegue passar sem dormir, mas o Buchas, tenho a certeza que andou muito perto dos piores records relatados na blogosfera e só dormia mesmo quando o seu corpinho não conseguia acompanhar o seu desejo de me cansar mais que um normal e estupidificante dia de trabalho.
Felizmente nem tudo correu bem para o Buchas, e Deus lá me deu duas abébias. Consegui, em duas manhãs, esgueirar-me da cama, entre as 08:00 e as 08:30, sentar-me naquele abençoado alpendre e desenhar. Não foi muito, eu sei, mas sempre foram dois desenhos. Isto porque passada meia hora, lá ouvia a porta a abrir e pronto:
"O que é que estás a fazer pai? Também quero pintar."


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