quarta-feira, 19 de junho de 2013

Felicidade dum pai que avermelhou

No outro dia descobrimos que, tirando a malta estrangeira, já ninguém apanha escaldões. Após tantos anos a bater na mesma tecla, os veraneantes chegaram à conclusão que o sol faz mesmo mal. Por isso toda a gente usa protector solar.
Os estrangeiros, por seu lado, devem ter um código qualquer entre eles em que o escaldão representa um status de classe média. Chegam ao trabalho vermelhos e toda a gente os inveja. É estúpido mas eles acham fixe à brava.
No fim-de-semana passado estivemos num sítio onde nunca tínhamos estado. Na piscina oceânica da praia grande. Foi porreiro porque o dia estava chocho, a água do mar fria como o caraças e aquela piscina foi uma boa opção para conseguirmos ir ao banho e aproveitar as mini-férias.
O Buchas é que se entreteu como um doido na piscina dos pequeninos. A água dava-lhe pelos joelhos e isso deu-nos descanso. A Melissa continuou a ler os seus The Man Booker Prices no Kobo e eu desenhei o ambiente com aguarelas e tudo.
De vez em quando aparecia o Buchas a tremer e a contar alguma coisa sobre super-heróis. Adoro quando ele treme e lhe pergunto se está com frio e ele mente-me dizendo que não, não tem frio nenhum, com medo que o tire da piscina.
Entreti-me tanto com os desenhos que no fim do dia, por ironia, fiquei todo vermelho e a noite custou-me a passar.
Mas valeu a pena.



sexta-feira, 7 de junho de 2013

Pouca-Terra

As viagens de comboio são sempre um ponto de encontro com a melancolia. Os passageiros parecem todos desanimados e não existe na sua face um vislumbre de ânimo.
As vidas suburbanas arrastam-se lânguidas pelos dias e nem a chegada ao destino as consegue alegrar.




Turquia

Adorei estes desenhos de Harika.





domingo, 2 de junho de 2013

Companhia

Estivemos a passear por Cascais e desta vez levei comigo o diário gráfico do Buchas que comprei para ele desenhar se um dia lhe desse na gana.
No jardim da Gandarinha, ficou sentado ao meu lado e pediu para fazer um desenho. Queria desenhar os Montros e Companhia, um filme de que gosta muito e que já viu umas 50 vezes.
Disse-lhe que era fácil, que só teria de pensar nas formas geométricas do Sulley e do Mike e também na cor.
Para o Sulley escolheu um rectângulo e o azul e aconselhei-o a fazer uns riscos para fingir que era o pêlo. Para o Mike escolheu o verde e uma circunferência. Lembrei-o que o Mike tem uns corninhos em cima da cabeça e o Sulley uma cauda e que era melhor não se esquecer destes pormenores no desenho.
No fim tudo correu tudo bem e ficámos os três a olhar para o caderno do buchas e cobrimo-lo de beijos, que é a nossa forma de agradecer os seus 97cm de talento.