terça-feira, 30 de outubro de 2012

Vampiros

Não é que tenha muito interesse na saga, mas depois de ver o poster, achei que este seria o cartaz mais horrível que Hollywood pariu.
Ou como diz a Melissa, parece que estão todos a fazer Phoonnig.

sábado, 27 de outubro de 2012

Lido hoje

"Quase ninguém nota que os países europeus já não são regidos por instituições avalizadas pela legitimidade democrática, mas por uma série de siglas que as substituíam. O FEEF, o MEE, o BCE, a ABE e o FMI assumiram o comando. Todos estes organismos têm um ponto em comum: não derivam de nenhuma constituição e não envolvem os eleitores nas tomadas de decisão."

texto de Hans Magnus Enzensberger e desenho de Haddad

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

São coisas destas que me enternecem

Finalmente a hora vai mudar e é altura de levantar as mãos ao céu. Começava a ser desagradável ter de acordar e sair de casa ainda de noite.
Um dia o Buchas acordou às sete da manhã e vendo da janela o céu ainda negro, reflectiu em solidão sobre o mundo e o tempo:
“Oh, já é tarde, é de noite.”
E num vagar pesaroso, sem perceber muito bem as contingências da vida, deitou-se no sofá a ver mais um episódio da Casa do Mickey!


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Gosto muito de a ver trabalhar

Não sou homem de grandes taras por gajas do showbiz. Acho mesmo que as mulheres das novelas e dos concursos têm uma figura tão plastificada que, pelo mesmos para mim, torna-as repulsivas. São tão pintadas, das unhas dos pés à ponta dos cabelos que tudo nelas se torna falso e artificial. Continuo a ser um adepto da naturalidade, cabelo revolto e selvagem, face sem maquiagem, enfim o doce vislumbre "the real thing".
Mas hoje enquanto estava a ler uma aventura dos X-Men, aparece-me a senhora Emma Frost que me fez tilintar no cérebro campainhas e sinos de igrejas.
Além de ser linda é mulher capaz de desabafar sobre o trabalho e, ao jantar, dizer coisas como: "Sinto muita curiosidade sobre como ele consegue abrir o inconsciente profundo duma pessoa e alterar o mundo físico."



Desenhos de Olivier Coiper

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Mais do que dois é uma multidão

Fomos ao teatro com o Buchas e depois da peça, ficámos sentados na esplanada do quiosque do Jardim Constantino com a Eliana e o Daniel e os seus três filhos, a Isabel, o Diogo e a Joana.
Havia um pequeno parque com escorregas e baloiços o os miúdos foram para lá brincar.
Descobri o pesadelo que é controlar três crianças num espaço público. Há sempre uma que desaparece. Acho mesmo que é humanamente impossível não deixar escapar uma de vez em quando. A Eliana e o Daniel que o digam porque cinco em cinco minutos esticavam a cabeça à procura da cria fugitiva. Encontram sempre, felizmente, mas devem apanhar grandes cagaços.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

As pessoas não têm mesmo nada para dizer ao mundo?

Como gosto de malta que escreve bem e que tem ideias fixes e espirituosas, apetece-me, de quando em vez, surfar e andar à cata dela, de passar os olhos pelos milhares de blogs existentes muito embora, seja mesmo raro conseguir chegar ao fim dum texto. Tenho boa vontade, esforço-me imenso por gostar de alguma coisa, mas caramba, 90% do que é publicado é uma grande trampa. A esmagadora maioria do que é posto na blogosfera serve apenas para o autor se masturbar. Pretende-se mostrar que se tem muito bom gosto, que se ouve boa musica, se lê bastante, se veste melhor e que, essencialmente, se é superior aos leitores e que os reles seguidores, malta sem cultura e sem qualquer destino na vida, deve invejar na solidão do seu quarto, as fotos na praia ou os magníficos fins-de-semana que o seguido esbanja no servidor para provar que a sua vida é melhor que a da matilha. O mais irónico disto tudo é que, apesar do desrespeito pelos leitores, os comentários dos mesmos são essenciais para a continuidade desta masturbação e o mais estranho é que há quem lhes lamba o cu.
Ai este mundo...este mundo...

desenho de Gabriel Campanário

domingo, 14 de outubro de 2012

Sábado de Manhã

O Buchas entrou para a natação o ano passado e agora mudou de turma. Foi porreiro porque assim já  conseguimos acordar às 8 e meia em vez das 7 e meia habituais. Adicionámos uma hora ao nosso sono semanal, embora para ele tanto lhe faz porque dorme sempre o tempo que quiser.
Não sei até onde esta aventura desportiva nos vai levar e quanto das nossas vidas vai consumir. Para já são só 45 minutos. O clube onde ele nada é pequeno e presumo que não tenham grandes ambições competitivas, mas esta sábado topei por lá umas taças expostas e desconfio que, se o Buchas tiver jeito para as braçadas, ainda vou ter de andar com o miúdo pelos campeonatos de iniciados.
Enquanto esperei que a aula acabasse, fiquei a desenhar a senhora da recepção que merecia melhor sorte do que ver a sua imagem entregue ao traço dum amador sem escrúpulos em tornar as pessoas diferentes no papel. Na verdade acho que nunca vou conseguir desenhar pessoas em condições.
Existem várias certezas que conheço sobre a minha família e que normalmente fazem a família rir por serem tão absurdas. O irmão da Melissa tirar o curso primeiro que ela (está quase e ela começou com 10 anos de avanço), o Buchas tirar a carta de condução primeiro que o irmão da Melissa (já só faltam 15 anos) e agora, enquanto pintava os cacifros, o Buchas aprender a desenhar rostos de pessoas primeiro que eu. Ainda pensei em avançar em o Buchinhas aprender a nadar mais depressa que eu, mas isso ele já sabe.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Disco Compacto

Adoro o filme Alta Fidelidade e quanto mais velho o vejo mais o entendo. Se pensar em todo o universo de filmes e livros, a personagem do John Cusack, Rob Gordon, é a mais parecida comigo que já encontrei. Na verdade, todos os homens quarentões ou a chegar a isso devem achar o mesmo.
Mas sempre que vejo o filme sinto uma nostalgia enorme e revivo os meus 20 anos na minha cabeça e relembro as carradas de CD’s que faziam parte da minha vida. Se calhar hoje tenho uma ideia mais romantizada do que foi a minha existência nos anos 90 porque, na altura, garanto, nunca lhe achei muito piada.
Nos últimos dias temos levado a cabo uma série de alterações na nossa sala e as minhas dezenas discos das bandas chamadas indie da década de 90 têm de ir à vida. Não há espaço e já não oiço nada em disco e quando quero ouvir qualquer coisa faço-o em Mp3 pelo que, claro, tem sentido dar aquilo a alguém que faça bom uso da sonoridade que coleccionei durante anos. Sinto um aperto no coração em me livrar de tudo, e ao contrário dos meus livros, que são sempre oferecidos à biblioteca de Oeiras, acho que os meus discos merecem algo melhor.
Reparem, foi com Nick Cave que chorei o primeiro amor não correspondido, com os My Bloody Valentine o segundo, com o Tom Waits o terceiro, com os Violent Femmes o quarto, com os Sonic Youth o quinto, Nirvana o sexto…
Percebem a ideia.
Deixo então a pérola:
“What came first, the music or the misery? People worry about kids playing with guns, or watching violent videos, that some sort of culture of violence will take them over. Nobody worries about kids listening to thousands, literally thousands of songs about heartbreak, rejection, pain, misery and loss. Did I listen to pop music because I was miserable? Or was I miserable because I listened to pop music?”


domingo, 7 de outubro de 2012

Madeira

Fizemos ontem 5 anos de casados, mas começamos o namoro há 10.
Fomos a uma Pizza Hut porque são as pizzas preferidas do Buchas e a vista é para o mar.
És mais bonita fora do meu desenho.
Amo-te!


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Propofol

Estivemos no Hospital para a Melissa fazer uns exames ao bucho. Coisa de rotina mas tiveram de a sedar com a droga preferida do Michael Jackson para lhe meterem pela garganta aparelhos com câmeras. Nojento.
Fiquei na sala de espera com o caderno à espera. Mas como estávamos num privado despacharam tudo num instante e nem tive tempo de acabar o desenho, tive de inventar o resto.
Depois quando fomos a pagar descobrimos que a rapidez sai cara!